O trabalho
Muitos aqui sabem que, por mais difícil que seja a situação por aqui, distância, saudades etc, o trabalho compensa e muito essas dificuldades.
Eu não seria tão feliz se estivesse num escritório, anotando recados.
Para mim, subir num palco e ficar alí exposto, com todos olhando meus movimentos, minhas caretas e até ouvindo os erros do meu baixo já é algo super natural e prazeiroso. Gosto de sentir a reação das pessoas e enxergar isso como um quadro sendo pintado, e ter a sutileza de identificar quando ele já está pronto e não precisa de mais cores (porque as vezes ele não precisa mesmo, ai que entra a arte do "tocar menos", mas isso é outra história).
Mesmo que todos os dias eu toque quase as mesmas músicas e receba os mesmos aplausos. Quando estou tocando, parece que entro num mundo diferente, onde as coisas flutuam e eu me transformo num polo energético. E eu realmente sinto a energia passando por mim, se transformando e seguindo pra outro músico. É um fluxo! Mas também sinto quando ela não chega pura, ou simplesmente não chega. Não tem a ver com o repertório, nem com aquelas questões que levantei no começo. Isso é química! Mas o que fazer quando essa energia não chega? Esse é o ponto mais importante. Como criar sua própria energia pra alimentar o fluxo e contagiar outros músicos, até que eles comecem a contribuir com esse ciclo, se tornando novamente um polo energético ativo. Apesar de todos os baldes de água fria, não vou desistir, ou então, como disse meu pai, me transformo num simples puxador de cordas.
domingo, 23 de maio de 2010
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Fique tranquilo... Todos nós estamos aqui mandando mtas energias boas!!
ResponderExcluirSegure firme!
bjks e saudades
oi Bri.
ResponderExcluirBonita reflexão sobre o sentido da arte e o papel do artista.
Os desafios do "... e quando a energia não se expande, não contagia...." é como um espelho sem reflexo.
Lembra daquele verso:
"Eu é que não me sento no trono de um apartamento, com a boca escancarada, cheia de dentes... esperando a morte chegar..."
Pois é, nunca deixe de procurar a magia, senão, pode sair daí e vir aqui para o apartamento.
Um beijo
Gabiru... acredite, quem assiste e vibra na mesma frequência se alimenta e retro alimenta esse ciclo. Coisa doida. Como diria do Carlos Henrique (o Xabi)... É a paranaia da doidera. Mas essa é a melhor viagem de todas.
ResponderExcluirAbração.
Pedrão FOC